🦷 Preservação Alveolar para Implante Tardio: A Ciência, as Técnicas e as Decisões que Transformam...
Esse erro comum acaba com papilas para sempre
Uma jornada científica detalhada sobre como decisões cirúrgicas e protéticas, quando guiadas por cinco pilares fundamentais, transformam o desafio da perda dentária em previsibilidade estética, mesmo em cenários complexos.
O PROBLEMA: POR QUE IMPLANTES IMEDIATOS EXIGEM RIGOR?
A perda de um dente anterior representa um dos maiores desafios da odontologia estética: risco de colapso de papilas, reabsorção vestibular e perda de previsibilidade do sorriso.
Segundo o Dr. Armando L. Pereira, especialista em periodontia e implantodontia, o implante imediato pode ser a melhor alternativa, mas apenas quando executado dentro de critérios rígidos e cientificamente embasados:
“O implante imediato é, sem sombra de dúvidas, a melhor alternativa para quem vai perder um dente. Só que às vezes nem sempre é possível.”
Por isso, compreender quanto de osso está disponível, como manejar tecidos moles e como controlar cada etapa do processo é determinante para o sucesso.
FILOSOFIA DOS CINCO PILARES (E POR QUE ELES IMPORTAM)
O Dr. estruturou toda sua prática em cinco pilares, apresentados como o alicerce científico e clínico do implante imediato:
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Disponibilidade óssea – fator mandatório
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Fatores secundários controláveis – inflamação, fenótipo, ausência de parede vestibular
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Seleção do implante – tipo, diâmetro e posicionamento
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Manejo protético – suporte ao tecido mole e perfil crítico
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Técnica cirúrgica – extração atraumática, enxertos, suturas
Esses pilares formam um fluxo de decisão replicável, permitindo previsibilidade mesmo em cenários complexos.
METODOLOGIA DETALHADA
Embora o material não seja um estudo clínico controlado, ele apresenta casuística documentada e protocolos baseados em decisões clínicas padronizadas. Os principais elementos metodológicos são:
1. Tipo de abordagem
Implante imediato com ou sem carga imediata, conforme:
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travamento mínimo (3 mm para sepultamento; 5 mm para carga imediata)
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disponibilidade óssea apical ou palatina
2. Amostra clínica
Casos apresentados:
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Incisivo central
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Incisivo lateral com cerâmica
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Caso sem carga imediata devido a travamento insuficiente
3. Critérios clínicos utilizados nas decisões
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Presença ou ausência de parede vestibular
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Fenótipo gengival
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Lesões periapicais crônicas (não contraindicam implante)
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Distância vestíbulo-lingual para cálculo do diâmetro (7 mm – 3 mm = implante 4 mm, por exemplo)
4. Protocolos cirúrgicos
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Extração atraumática com tunelizadores
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Instalação guiada quando indicado
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Enxerto de tecido mole da tuberosidade (preferência)
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Preenchimento do gap com biomateriais hidrofilicos (Collagen, The Graft)
5. Protocolos protéticos
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Preferência obrigatória por provisórios parafusados, mesmo com emergência vestibular
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Captação imediata do perfil crítico
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Suporte para margem, tecido mole e biomaterial
RESULTADOS EM NÚMEROS (SEGUNDO A EXPERIÊNCIA DOCUMENTADA)
Os dados apresentados no eBook são qualitativos, mas alguns números-chave orientam o protocolo:
Travamento ósseo
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3 mm → mínimo para sepultamento
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5 mm → desejável para carga imediata
Gap necessário para seleção do implante
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2 a 3 mm de espaço circundante, dependendo do tipo de biomaterial
Enxertos de tecido mole
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Espessura final: ≤ 2 mm, para evitar hiperplasia
Resultados clínicos documentados
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Reconstrução vestibular total em 8 meses em caso de incisivo central
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Manutenção completa do volume gengival
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Previsibilidade mesmo sem carga imediata inicial
IMPACTOS ESTÉTICOS E PSICOSSOCIAIS
Os resultados apresentados demonstram:
1. Preservação da papila
Fator essencial: papilas são extremamente difíceis de recuperar quando perdidas.
O protocolo visa mantê-las desde o primeiro minuto pós-extração.
2. Manutenção do volume vestibular
O enxerto de tecido conjuntivo, especialmente da tuberosidade, mostra-se decisivo para manter a convexidade natural do sorriso.
3. Satisfação imediata do paciente
Casos mostram pacientes mantendo provisórios por meses, satisfeitos com estética transitória e indicador de qualidade do resultado.
4. Previsibilidade funcional
Mesmo em cenários sem carga imediata, o uso de pôntico ogival mantém o suporte crítico ao tecido mole.
COMPARAÇÃO PRÁTICA – IMPLANTE IMEDIATO vs. PRESERVAÇÃO ALVEOLAR
| Critério | Implante Imediato | Preservação Alveolar |
|---|---|---|
| Manutenção de papilas | Excelente | Moderada |
| Volume vestibular | Maior preservação | Requer enxertos adicionais |
| Tempo total de tratamento | Reduzido | Aumentado |
| Necessidade de osso apical/palatino | Sim (critério mandatório) | Não obrigatório |
| Previsibilidade estética | Alta quando protocolo seguido | Boa, porém menos natural |
| Indicado quando | Há osso suficiente e ausência de contraindicações | Não há osso para travamento do implante |
Tabela construída a partir dos critérios e protocolos explicitados no eBook.
LIMITAÇÕES E CONSIDERAÇÕES
O próprio Dr. Armando destaca limitações práticas:
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Sem osso apical/palatino suficiente, não há implante imediato.
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A técnica exige domínio avançado de manejo tecidual.
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Certos casos com baixa densidade óssea requerem fresas de densificação e podem impedir carga imediata.
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Nem todos os pacientes dispõem de boa tuberosidade como área doadora.
CONCLUSÕES DA AULA
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O implante imediato é superior esteticamente, quando bem executado.
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Os cinco pilares funcionam como uma checklist de segurança clínica.
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Enxertos de tecido mole são protagonistas na área estética.
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O uso de biomateriais hidrofilicos aumenta a previsibilidade da reconstrução vestibular.
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A parceria cirurgião–protesista é essencial para o sucesso.
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Mesmo quando a carga imediata não é possível, o protocolo mantém a estética e o suporte gengival.
“Qualquer negligência nesse processo… trabalhamos resultados não tão satisfatórios.”
O QUE MUDA PARA O PACIENTE?
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Recuperação estética imediata ou muito rápida
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Manutenção do sorriso natural
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Maior conforto emocional e social
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Menos procedimentos ao longo do tratamento
REFERÊNCIAS
Pereira, A. L. Trilha do Conhecimento Purgo – Aula tema: Preservação Alveolar e Implantes Imediatos na Área Estética.