Uma jornada científica detalhada sobre como decisões cirúrgicas e protéticas, quando guiadas por cinco pilares fundamentais, transformam o desafio da perda dentária em previsibilidade estética, mesmo em cenários complexos.
A perda de um dente anterior representa um dos maiores desafios da odontologia estética: risco de colapso de papilas, reabsorção vestibular e perda de previsibilidade do sorriso.
Segundo o Dr. Armando L. Pereira, especialista em periodontia e implantodontia, o implante imediato pode ser a melhor alternativa, mas apenas quando executado dentro de critérios rígidos e cientificamente embasados:
“O implante imediato é, sem sombra de dúvidas, a melhor alternativa para quem vai perder um dente. Só que às vezes nem sempre é possível.”
Por isso, compreender quanto de osso está disponível, como manejar tecidos moles e como controlar cada etapa do processo é determinante para o sucesso.
O Dr. estruturou toda sua prática em cinco pilares, apresentados como o alicerce científico e clínico do implante imediato:
Disponibilidade óssea – fator mandatório
Fatores secundários controláveis – inflamação, fenótipo, ausência de parede vestibular
Seleção do implante – tipo, diâmetro e posicionamento
Manejo protético – suporte ao tecido mole e perfil crítico
Técnica cirúrgica – extração atraumática, enxertos, suturas
Esses pilares formam um fluxo de decisão replicável, permitindo previsibilidade mesmo em cenários complexos.
Embora o material não seja um estudo clínico controlado, ele apresenta casuística documentada e protocolos baseados em decisões clínicas padronizadas. Os principais elementos metodológicos são:
Implante imediato com ou sem carga imediata, conforme:
travamento mínimo (3 mm para sepultamento; 5 mm para carga imediata)
disponibilidade óssea apical ou palatina
Casos apresentados:
Incisivo central
Incisivo lateral com cerâmica
Caso sem carga imediata devido a travamento insuficiente
Presença ou ausência de parede vestibular
Fenótipo gengival
Lesões periapicais crônicas (não contraindicam implante)
Distância vestíbulo-lingual para cálculo do diâmetro (7 mm – 3 mm = implante 4 mm, por exemplo)
Extração atraumática com tunelizadores
Instalação guiada quando indicado
Enxerto de tecido mole da tuberosidade (preferência)
Preenchimento do gap com biomateriais hidrofilicos (Collagen, The Graft)
Preferência obrigatória por provisórios parafusados, mesmo com emergência vestibular
Captação imediata do perfil crítico
Suporte para margem, tecido mole e biomaterial
Os dados apresentados no eBook são qualitativos, mas alguns números-chave orientam o protocolo:
3 mm → mínimo para sepultamento
5 mm → desejável para carga imediata
2 a 3 mm de espaço circundante, dependendo do tipo de biomaterial
Espessura final: ≤ 2 mm, para evitar hiperplasia
Reconstrução vestibular total em 8 meses em caso de incisivo central
Manutenção completa do volume gengival
Previsibilidade mesmo sem carga imediata inicial
Os resultados apresentados demonstram:
Fator essencial: papilas são extremamente difíceis de recuperar quando perdidas.
O protocolo visa mantê-las desde o primeiro minuto pós-extração.
O enxerto de tecido conjuntivo, especialmente da tuberosidade, mostra-se decisivo para manter a convexidade natural do sorriso.
Casos mostram pacientes mantendo provisórios por meses, satisfeitos com estética transitória e indicador de qualidade do resultado.
Mesmo em cenários sem carga imediata, o uso de pôntico ogival mantém o suporte crítico ao tecido mole.
| Critério | Implante Imediato | Preservação Alveolar |
|---|---|---|
| Manutenção de papilas | Excelente | Moderada |
| Volume vestibular | Maior preservação | Requer enxertos adicionais |
| Tempo total de tratamento | Reduzido | Aumentado |
| Necessidade de osso apical/palatino | Sim (critério mandatório) | Não obrigatório |
| Previsibilidade estética | Alta quando protocolo seguido | Boa, porém menos natural |
| Indicado quando | Há osso suficiente e ausência de contraindicações | Não há osso para travamento do implante |
Tabela construída a partir dos critérios e protocolos explicitados no eBook.
O próprio Dr. Armando destaca limitações práticas:
Sem osso apical/palatino suficiente, não há implante imediato.
A técnica exige domínio avançado de manejo tecidual.
Certos casos com baixa densidade óssea requerem fresas de densificação e podem impedir carga imediata.
Nem todos os pacientes dispõem de boa tuberosidade como área doadora.
O implante imediato é superior esteticamente, quando bem executado.
Os cinco pilares funcionam como uma checklist de segurança clínica.
Enxertos de tecido mole são protagonistas na área estética.
O uso de biomateriais hidrofilicos aumenta a previsibilidade da reconstrução vestibular.
A parceria cirurgião–protesista é essencial para o sucesso.
Mesmo quando a carga imediata não é possível, o protocolo mantém a estética e o suporte gengival.
“Qualquer negligência nesse processo… trabalhamos resultados não tão satisfatórios.”
Recuperação estética imediata ou muito rápida
Manutenção do sorriso natural
Maior conforto emocional e social
Menos procedimentos ao longo do tratamento
Pereira, A. L. Trilha do Conhecimento Purgo – Aula tema: Preservação Alveolar e Implantes Imediatos na Área Estética.