Por décadas, a regeneração óssea e os procedimentos cirúrgicos em odontologia dependeram de técnicas invasivas, material autógeno e protocolos complexos que aumentavam dor, edema, morbidade e exigiam múltiplos sítios cirúrgicos.
O uso clássico do PRP (Plasma Rico em Plaquetas), apesar de promissor, sofria com complexidade técnica, dependência de anticoagulantes e diversificação excessiva de protocolos, o que acabava reduzindo previsibilidade clínica .
O conteúdo-base desta análise é a Masterclass “PRF na Odontologia: Passo a Passo Definitivo”, ministrada pelo Prof. Dr. Reynaldo Reis, discípulo direto de Joseph Choukroun, pioneiro mundial dos concentrados plaquetários.
A Masterclass aborda:
Evolução histórica dos concentrados plaquetários
Comparação técnica entre PRP, L-PRF e A-PRF
Descrição de protocolos, equipamentos e parâmetros de centrifugação
Casos clínicos documentados
Evidências científicas apresentadas (20 artigos PRF + biomaterial e 17 artigos de regeneração sem barreiras)
Avanços como Pompac, Sticky Bone e regeneração sem autógeno
Impactos estéticos, biológicos e psicossociais
Aplicações clínicas reais em preservação alveolar, regeneração guiada e reconstruções extremas
Todo o conteúdo foi extraído diretamente do documento fornecido.
A seguir, os principais achados quantitativos e objetivamente relatados pelo Professor:
Aumento de ~25% no volume das membranas com uso do Pompac (resfriamento a 4°C)
12 tubos de capacidade na centrífuga atual (terceira geração) — aumento de eficiência de bancada
90 dias para regeneração óssea suficiente para instalação de implantes em preservação alveolar (antes exigia até 120 dias)
Torque de 30 N e ISQ 75–77 em implantes imediatos mesmo em áreas infectadas, com protocolos de descontaminação + PRF
120–150 dias para reconstruções completas de maxila com estabilidade tridimensional impressionante
1000+ casos clínicos documentados ao longo dos 6 anos de parceria do Professor com equipes nacionais
Segundo o conteúdo apresentado:
Menor morbidade: ausência de área doadora reduz dor e edema
Menor tempo de recuperação: protocolos líquidos preservados por mais tempo facilitam cirurgias longas
Humanização: paciente passa por menos trauma cirúrgico e tem recuperação previsível
Integração biológica superior: coágulos volumosos, hidratados e com maior celularidade favorecem formação óssea mais estável
Resultados estéticos mais consistentes em reabilitações orofaciais e preservação de volume alveolar
Retorno do paciente mais rápido à vida social
Estas melhorias impactam tanto o bem-estar emocional quanto a funcionalidade mastigatória e a estabilidade protética.
| Característica | PRP (1ª Geração) | L-PRF (2ª Geração) | A-PRF / S-PRF / I-PRF (3ª Geração) |
|---|---|---|---|
| Anticoagulante | Necessário | Não | Não |
| Ativador químico | Necessário | Não | Não |
| Centrifugação | Dupla | Única | Única / baixa velocidade |
| Complexidade | Alta | Baixa | Baixíssima |
| Qualidade da fibrina | Moderada | Alta | Muito alta |
| Celularidade | Instável | Boa | Máxima (Buffy Coat otimizado) |
| Biocompatibilidade | Reduzida por aditivos | Excelente | Excelente |
| Aplicações líquidas | Limitadas | Boas | Prolongadas com Pompec |
Fonte: Conteúdo técnico da Masterclass
Os dados são provenientes de experiência clínica e literatura selecionada pelo professor, não sendo um ensaio randomizado.
O documento não apresenta parâmetros estatísticos formais (p-values, IC95%), mas sim evidências clínicas e artigos de suporte anexados.
A eficácia depende de equipamento original; protocolos com tubos adulterados ou com aditivos apresentam risco de citotoxicidade e inflamação comprovados em literatura mencionada no material .
A partir do material:
O PRF evoluiu para uma tecnologia biológica, previsível e altamente reprodutível.
A terceira geração (A-PRF, S-PRF e I-PRF) associada ao Pompec permite maior volume, maior celularidade e maior janela operatória.
A filosofia de Choukroun — “menos é mais” — orienta tratamentos mais humanizados e com menor invasividade.
Regenerações ósseas extensas podem ser realizadas sem uso de osso autógeno, com segurança e resultados superiores.
O futuro da regeneração tecidual é biológico, integrado, simples e baseado em ciência.
Como afirma o professor:
“Não tem magia. É biologia aplicada.”